Comento nesse post sobre a carne vermelha – muito se diz sobre ela e muitas vezes se comenta que ela é a vilã para a boa saúde. Pelo contrário, a carne é um alimento de alto nível, importante e necessária. Mas cuidado! É na quantidade exagerada do consumo que se esconde o perigo.
Com base em estudos franceses pela OFIVAL (Office National Interprofessionnel des Viandes, de l’Élevage et de l’Aviculture) o consumo moderado de carne por uma pessoa adulta ficou estabelecido assim: 125 g a cada três dias para a carne bovina, 125 g a cada 10 dias para a carne de cordeiro e de 125 g a cada 12 dias para a carne de vitela. Isso dá uma média de consumo mensal de: 1, 250 kg de carne bovina, 375 g de carne de cordeiro e 312 g de carne de vitela. Somadas todas, o consumo mensal moderado para uma pessoa adulta é de 1, 937 kg. Ou seja, a média de consumo anual deve ser de 23 kg para uma pessoa adulta. A média de consumo anual dos brasileiros por pessoa é de 38 kg. Bem acima do recomendado.
Manter o nível de consumo moderado de carne permite o corpo desfrutar os seus benefícios – (ingestão de proteína, zinco, ferro…), incluindo o benefício de desempenho atlético.
Estruturalmente muito semelhante aos nossos músculos, ela tem qualidades nutricionais. A carne é um alimento necessário para uma dieta equilibrada. Alimento único pela qualidade do ferro que a compõe, a carne, e especialmente a vermelha, aporta aos nossos músculos o elemento essencial para a sua oxigenação e recuperação. Rica em vitaminas que intervêm em numerosos metabolismos ela nos fornece efetiva contribuição para o nosso esforço esportivo. Mas temos que limitar seu conteúdo de gordura.
Fonte de proteínas
As proteínas animais são aquelas que têm a melhor digestibilidade e maior qualidade biológica. A carne vermelha é tradicionalmente classificada com o peixe e ovos, o grupo de alimentos ricos em proteínas: uma porção de 100 g de carne cozida fornece cerca de 25 gramas de proteínas.
As vitaminas e os minerais
O ferro é um dos elementos mais importantes no metabolismo das células vivas. Em adultos normais, o ferro é continuamente reciclado, a quantidade absorvida diariamente equivale à quantidade excretada. Além do seu alto teor em ferro, a carne é rica em zinco, cálcio, fósforo, sódio, potássio, enxofre, cloro, magnésio, cobre, níquel, manganês, e vitaminas do complexo B.
Para um equilíbrio na nossa ingestão de ferro, é indicado o consumo diário de vegetais folhosos verde-escuros, também ricos nesse mineral e sempre consumí-los com alimentos ricos em vitamina C, que ajudam a aumentar na absorção dele.
Os perigos
Sempre há gordura presente, mesmo na carne magra, portanto, não exagere no consumo da carne vermelha. Entre os males mais difundidos: câncer e hipertensão. Um estudo publicado pela revista da Associação Médica Americana revelou que o consumo, em excesso, deste tipo de carne está ligado ao aumento de mortes por câncer e doenças cardiovasculares.
Outro mecanismo desencadeante de câncer seria o excesso de ferro no organismo, ocasionado pelo alto consumo de carne vermelha, importante fonte do mineral. Muito ferro pode causar danos oxidativos e agredir as células do intestino grosso, o que leva ao câncer.